quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

LIZARD CANÁRIO CLUBE DE PORTUGAL E A ORNITOLOGIA -Boletim informativo nº 12 – Novembro 2013



LIZARD CANÁRIO CLUBE DE PORTUGAL E A ORNITOLOGIA

LIZARD CANÁRIO CLUBE DE PORTUGAL E A ORNITOLOGIA 






Boletim informativo nº 12 – Novembro 2013

 Autor: Carlos Almeida Lima / Juiz OMJ
Colaborador: Pedro Boavida





Editorial
Vários criadores iniciaram o seu passatempo, em conversa informal tem revelado os seus planos de criação e aquisição de aves. Questões importantes param o melhoramento do seu futuro plantel, com investimentos em instalações, e futuros negócios pessoais.
No entanto a crise financeira e austeridade económica, que os nossos governantes nos impõem com mais troikas e mais austeridade, a pergunta que colocamos, não será arriscado investirem no melhoramento dos seus planteis?
Existem criadores, que não perdem a confiança em apostar e expandirem-se, alegando que é nestas crises que temos de apostar, pois continuando como estamos, acabamos por perder. Será assim?
Todo o povo português deseja um futuro melhor, como nós criadores fazemos parte integrante desse povo, não fugimos às responsabilidades.
A esperança é  a ultima a morrer, apesar dos dias começarem a ficarem mais longos.
O LCCP deseja a todos os amantes das aves boas criações e resultados expositivos.
Sumario

·        Como selecionar os rowings (marcação do peito do Lizard)
·        Muda francesa nos periquitos
·        Criação de bicos de lacre
·        Sabia que
·        Devemos acasalar Lizard Dourado X Lizard Dourado
·        Classificações da 5ª Expo-Show do LCCP
·        Aves de Africa ( Angola )
·        Esclarecimento


Como selecionar os rowings (marcação do peito do Lizard)
Ao longo dos anos, os criadores desta esplendida raça procuram melhorar o aspeto (fenótipo) do lizard, seja a sua forma, tamanho e as marcações peitorais (rowings).
Como sabemos os lizards, nascem com coroas perfeitas ou quase perfeitas, imperfeitas ou com coroa ou quase sem coroa. Com desenho dorsal, com marcações bem alinhadas (spangles) no entanto é difícil ver os lizards dourados, bem marcados no peito ao contrário dos prateados e azuis que aparecem nomeadamente as fêmeas com rowings bem marcados e bem alinhados ( o que permite ao criador facilmente distinguir o sexo das aves.

Com a experiência de anos de criação e da sua seleção podemos chegar as diversas conclusões:
1.      Os spangles aparecem em todos os lizards mais ou menos espetaculares. No que diz respeito aos rowings o criador tem que recorrer a uma seleção muito rigorosa, com a finalidade da obtenção dos resultados que pretende. Em face do referenciado o criador põe-nos a questão, como conseguir o melhoramento das marcações peitorais (rowings)?

2.      Com uma seleção rigorosa através dos acasalamentos, sem desânimos e com alguma perseverança, a saber :
·       Seleção da aparência fenotípica;
*Como proceder? Das várias aves que o criador tem disponíveis deve procurar sempre escolher as que apresentam as melhores marcações peitorais.

3.     Seleção através da genética :
Como podem calcular este passo por parte do criador é muito mais difícil de alcançar pois nem sempre os resultados são alcançados no imediato.
Torna-se necessário e importante trabalhar através da consanguinidade indireta, como única forma de estabilizar o seu plantel conseguindo introduzir nas nossas aves um aceitável valor genético.
O criador para conseguir e fixar as características genéticas deve utilizar os reprodutores que obteve dos cruzamentos ( ex: Um macho para duas a 3 fêmeas para fixação das características patrimoniais da raça.
4.    Como selecção complementar:
Devemos utilizar lizards que nos ofereçam determinadas garantias genéticas, a saber:
- Aves saudáveis
- Tranquilas nas gaiolas
- Robustas
- Apresentem uma plumagem cerrada e sedosa.
- Mudas feitas sem qualquer dificuldade


Desenho do peito e flancos (Rowings )
 Devem ser pequenos triângulos largos, escuros e regulares, com vértices em direção à cauda nascem sob o bico e olhos e, prolongam-se até ao início da cauda.
Neste item, o Juiz classificador deve observar a diferença entre um lizard intenso e um nevado. Nestes últimos o grau de exigência deve ser maior. Aves sem qualquer marcação devem ser penalizadas com rigor aves, principalmente os intensos com marcações de pouca nitidez no peito devem ser penalizadas moderadamente.
O tipo ideal de um Lizard requer marcações até ao inicio da cauda. As penalizações a efetuar pelo juiz na ficha de julgamento devem ser proporcionais as deficiências


 Muda francesa nos periquitos (Dr,Marc Ryon)


·       Etiologia e significado
A BFD ( Budgerigar fledgling disease ) – É uma doença sistemática de periquitos novos caracterizada por diarreia inchaço do abdómen e morte súbita nas crias no ninho e pela “ muda francesa” nas crias recém-desmamadas. Indivíduos adultos não apanham a doença mas podem funcionar como transmissores. A doença é muito frequente na Alemanha. É provocada por um papão-virus pertencente ao subgrupo dos polymovirus. Existem provavelmente variantes do vírus.
·       Patogénese  
Uma grande parte dos periquitos adultos são seropositivos suponhamos que estes são transmissores e excretores do vírus . A infeção é feita por meio do pó da plumagem por vezes pelo conteúdo do papo. Suspeita-se também de uma transmissão pelo ovo . Machos seriam mais sensíveis que as fêmeas . O tempo de incubação parece ser curto, só alguns dias.
Em aviários infectados com a BFD a doença pode surgir de repente, após várias criações bem sucedidas, provocando sintomas em 100% das crias no ninho.
Quando pela primeira vez a doença aparece num aviário, a mortalidade torna-se alta. Nos psitacídeos maiores a doença é menos dramática, pois estes só criam periodicamente facto que interrompe o ciclo do vírus por falta de classe etária sensível ( dez dia a quatro semanas )
Sintomas
Em geral, os primeiros sintomas aparecem quando os passarinhos começam a comer e a beber de maneira independente aos 10 – 14 dias, quando começam a crescer as primeiras penas da cauda e as primeiras rémiges.
Em casos híper agudos quase não existem sintomas excepto morte súbita com um típico inchaço azul-vermelho do abdómen.
No caso da BFD ser subaguda manifesta-se assim:
As crias tornam-se menos ativas o abdómen começa inchar com as mudanças de cor típicas e com hemorragias subcutâneas e pouco antes da morte caem as penas. As aves que sobrevivem à segunda fase aguda e as que têm a doença de forma crónica mostram um atraso no crescimento e deficiência nas penas.
Estas deficiências são semelhantes às da “Muda Francesa “estes periquitos muito novos não conseguem voar.
A BFD pode provocar percentagens de mortalidade de 50% a 100%. A “Muda francesa” é um síndroma que pode aparecer nos periquitos novos de 4 a 7 semanas no momento em que estes deixam o ninho. Frequentemente constata-se uma queda simétrica das penas. As penas novas são geralmente mais curtas ou muito finas e frágeis. De vez em quando aparecem quistos.

Lesões
Na autópsia detecta-se principalmente ascite mas também alterações no coração no fígado e nos rins. E por vezes hemorragias internas. Também existem alterações histológicas.
Diagnostico
Por meio de isolamento do vírus ; no entanto isso não é possível em aves só com deficiências de plumagem sem outros sintomas
Tratamento
Um tratamento curativo ou preventivo não é possível. O único conselho a dar neste momento é o seguinte:
Em aviários infectados não é indicado criar mais de uma vez por ano, de tal maneira que não sejam continuamente crias sensíveis presentes nas instalações.
Entretanto os pássaros reprodutores podem desenvolver uma forte imunidade e passar anticorpos maternos às crias. Enfim é aconselhável não introduzir aves novas e tomar estritas medidas de higiene
           

 Criação de bicos de lacre




É uma ave de pequena estatura apenas 8 cm de comprimento de cor cinzento-acastanhado com tons rosados no peito.
O bico cor de coral tem um prolongamento da mesma cor, isto é , uma faixa que vai até ao ouvido atravessando o olho.
O macho distingue-se da fémea devido ao uropígio ser de tons escuros.
Ambos emitem pequenos sons. Devcm ser instalados numa gaiola com dimensões superiores a 80X40 X40 cm, pois necessitam de espaço para acasalamento e reprodução.
No Inverno devem ter aquecimento equipamento necessário pois trata-se de uma ave dos trópicos sendo o nosso Inverno rude para estas, pois morrem facilmente a baixas temperaturas.
É aconselhável para a postura incluir ninhos de corda como os que se usam para os mandarins, não esquecer a crina de cavalo ou material usado na criação de canários. A sua postura de 3 a 5 ovos levam cerca de 12 dias a incubar sendo esta feita somente pela fémea , estando o macho de guarda a entrada do ninho durante todo esse tempo.
De salientar que enquanto dura a postura cabe ao macho a tarefa de alimentar a fémea.
Importante é não incomodar nem molestar estas aves pois a qualquer momento abandonam a postura.
Quando as crias nascem estas apresentam no canto do bico as papilas fosforescentes para os progenitores encontrarem as crias no escuro.
Esta criação é feita a partir de Outubro sendo o nosso Inverno coincidente com a primavera Afro-asiática em liberdade esta ave em liberdade faz o ninho nos canaviais densos sendo semelhantes aos dos tecelões com apenas uma entrada lateral.
Alimentam-se de grãos de milho painço ou mistura para exóticos rica em vitaminas.
No seu habitat natural o acasalamento e modo de vida é feito em campo aberto onde se encontram em grandes bandos.
Em ambiente doméstico devemos dar papa insectívora na época da criação introduzindo ainda o indispensável ovo cozido e biscoito ralado, pois necessitam de ferro vitaminas e cálcio na sua dieta alimentar. É uma ave dócil e de fácil aclimatização e criação comparável ao dos mandarins seu primo de espécie. Convém estarmos atentos pois a qualquer momento e sem razão aparente deixam de dar atenção aos filhotes acabando estes por morrer.
Por isso o criador deve ter por perto vários casais de mandarins e bengalis para terminar esta tarefa de sobrevivência


Sabia que

         Baycox – É utilizado para o tratamento da coccidiose
         Baytril 10% é um antibiótico de largo espectro que combate diversas doenças
Modo de utilização: 5ml X1 Litro de agua durante 5 dias consecutivos
         EsB3- Combate eficazmente as coccidioses e doenças respiratórias
Modo de utilização : 0,5 gramas X 1 litro de agua
         Ocepou – Pó inseticida para combater o piolho vermelho
         Tylan – Antibiótico eficaz para combater às doenças respiratórias e intestinais das aves domesticas.
- Modo de utilização:  2 gramas X 1litro de agua durante 4 dias
         Fungilin – combate eficazmente as micoses e as gastroenterites  
Modo de utilização : 1ml X1litro de agua durante 10 dias consecutivos 




 Devemos acasalar Lizard Dourado X Lizard Dourado



                                                  
 X
 




Desde muito jovem a minha paixão pelos lizards era notória e já lá vai o ano 1958.
Procurei recolher de informação sobre esta espetacular raça o que não era tarefa fácil na época. Toda a informação recolhida recomendava sempre os acasalamentos tradicionais;
Dourado X Prateado
Prateado X Dourado
O porquê?
Os manuais da época previam que os outros acasalamentos fora deste padrão, o criador corriam o risco de prejudicar a plumagem sedosa e brilhante do lizard bem como outros defeitos que posteriormente seriam difíceis de eliminar
Como todos os criadores sabem o lizard dourado (amarelo) apresenta-se como um canário de cor intensa e o prateado como um canário nevado.
A metodologia do acasalamento do lizard é idêntico aos canários de cor( intenso X nevado) e (nevado X intenso)  .

Nestes acasalamentos dizia-se que no primeiro caso as aves nasciam com plumagens defeituosas, corpos estreitos e cabeça achatadas (forma de lagartixa).
No segundo caso Prateado X Prateado a plumagem era mais volumosa, o desenho dorsal mais largo e a cor de fundo mais opaca (sem brilho).
Depois desta pequena introdução vamos definir o que um canário intenso e um nevado.
Para melhor entendermos como proceder nos acasalamentos:

         Intenso: São as aves que não apresentam na sua plumagem qualquer traço de nevado. A cor lipócromica é uniforme deve chegar a extremidade de cada pena.
         Nevado: São as aves que apresentam as extremidades das penas com um bordo esbranquiçado nítido pequeno e uniforme sobre toda a plumagem.
Seguindo o mesmo raciocínio que empregamos nos canários de cor nos respectivos cruzamentos ou acasalamentos, procurando aves intensas embora apresentam no seu manto ligeira nevadura os chamados canários, na linguagem popular os “semi-intensos” razão me levou a proceder da mesma forma com os canários Lizard.
Escolhi dentro do referenciado aves que fenotipicamente se apresentam como sendo intensas completamente e outras que a fenotipicamente que a sua cor de fundo não era tão intensa, e o seu brilho mais carente e esperei ansioso pelos resultados, aguardado posteriormente a muda da pena.
Passados 3 meses qual não foi a minha surpresa o maior número de canários resultantes do acasalamento Dourado X Dourado, apresentavam uma plumagem cerrada aderente e com um brilho espetacular.
A cor intensa (amarelo) sem qualquer sinal visível de nevadura (shimmel) a cor de fundo apresentava-se como uma tonalidade amarelo vivo que realçava todo o seu corpo, onde salientava uma forma perfeita dentro das normas do standard.
Os Spangles (desenho dorsal ) as meias luas eram mais pequenas e muito bem alinhadas.
Para obtermos sucesso neste acasalamento o criador deve usar aves que apresentem boas características raciais, dentro das normas do standard.
Estes resultados obtidos como experiência foram culminados com algumas aves douradas  premiadas nas exposições do meu clube.
Para terminar na Europa nomeadamente na Inglaterra os criadores ingleses acasalam prateado X prateado com a finalidade de aumentar o tamanho dos canários e a sua forma.
Estes resultados não me surpreendem pois sigo há diversos anos este método ,para melhorar os Lizards Azuis acasalando-os com os Prateados e vice-versa.
Terminando  aconselho os criadores que para seguir esta experiência  como forma de melhorarmos  o Lizard dourado é necessário conhecer ou melhor diferenciar o que é um canário intenso de um canário semi-intenso.


5ª Expo-Show do LCCP – Bombeiros Voluntários da Trafaria 


Individual Dourado Coroa Perfeita ou Quase perfeita
1º J.Oliveira – 92 pontos
2º J.Oliveira -91 pontos
3º J.Oliveira – 90 pontos
Carlos Cipriano – 88 pontos
A.Ventura – 87 pontos
J.Gaspar – 86 pontos
J.Gaspar -88 pontos
J.Oliveira- 88 pontos
J.Oliveira- 89 pontos
D.Gomes – 88 pontos


Equipa Dourada coroa perfeita ou quase perfeita
1º Carlos Cipriano – 370 pontos
  J.Gaspar - 362 pontos
Individual Dourado Coroa imperfeita
  A. Ventura – 91 pontos
2º J. Gaspar - 90
3º -----
A.Ventura-  88 pontos
Carlos Cipriano- 88 pontos
J.Gaspar- 88 pontos
J.Oliveira -88 pontos

Individual Dourado sem coroa o quase sem coroa
  Adriano Vaz – 92 pontos
  J. Gaspar – 90 pontos
3ºJ.Gaspar- 89 pontos
Carlos Cipriano – 88 pontos
J. Gaspar- 88 pontos
D.Gomes- 88 pontos
Equipa Dourado sem coroa ou quase sem coroa
  J.Gaspar – 362 pontos
2º------
3º-----


Individual Prateado coroa perfeita ou quase perfeita
1º j.Oliveira- 92 pontos
2º Carlos Cipriano – 90 pontos
3º J.Oliveira – 89 pontos
Adriano Vaz - 88 pontos
J.Oliveira- 88 pontos
J.Oliveira – 88 pontos
Equipa Prateada Coroa perfeita ou quase perfeita
1º Carlos Cipriano – 360 pontos
J. Gaspar – 355 pontos
Individual Prateado coroa imperfeita
1º Carlos Cipriano- 90 pontos
Adriano Vaz- NJ
Carlos Cipriano – 88 pontos
J. Gaspar – 88 pontos
J. Gaspar- 88 pontos
J. Oliveira – NJ
J. Oliveira – 87 pontos
Equipa prateada coroa imperfeita
1º Carlos Cipriano - 370
2º Carlos Cipriano – 366
Individual prateado sem coroa ou quase sem coroa
1º Carlos Cipriano – 89 pontos
Adriano Vaz- 88 pontos
Carlos Cipriano – 88 pontos
J. Gaspar- 86 pontos

Individual Azul coroa perfeita ou quase perfeita
1º Carlos Cipriano – 91 pontos
2º J. Oliveira- 89 pontos
A.Ventura – 88 pontos
Individual  Azul coroa imperfeita
1º Carlos Cipriano- 90 pontos
Carlos Cipriano- 87 pontos
Carlos Cipriano -88 pontos
Individual azul sem coroa ou quase sem coroa.
  Carlos Cipriano – 89 pontos

Best Show 2013 da Exposição do LCCP – Adriano Vaz -93 pontos
Best Show Lizard Dourado – Adriano Vaz -93 pontos
Best Show Prateado – J.Oliveira -92 pontos
Best Show Azul – Carlos Cipriano – 91 pontos




 Aves de Africa ( Angola )












Esclarecimento
Ao iniciarmos a publicação de mais um Boletim do LCCP torna-se necessário dar conhecimento que somos um clube independente sem qualquer filiação nas estruturas ornitológicas deste Pais.
Continuamos com a mesma finalidade para que foi criado este clube apenas de divulgarmos e aperfeiçoarmos esta raça uma das mais espetaculares da ornitologia.
Assegurando uma Exposição Anual e a publicação deste boletim informativo com uma regularidade dentro da normalidade que nos é possível .
No entanto temos a lastimar que existem alguns “ queixosos” de ocasião que tudo o criticam e pouco constroem.
Nós, comissão administrativa aceitamos a critica construtiva que nos ajude nas tarefas difíceis que vamos encontrando pelo caminho mas jamais nos deixaremos influenciar pela palavra fácil com o intuito destrutivo. 
Este clube será de todos quando com todos podermos contar e nestas condições continuaremos com a nossa tarefa de divulgarmos como até aqui temos feito pensamos com grande êxito dentro e fora do Pais.
Terminamos com o seguinte lema : “POUCO E BOM E QUE FAZER PROMESSAS IRREALIZAVEIS “

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

LIZARD CANÁRIO CLUBE DE PORTUGAL E A ORNITOLOGIA





LIZARD CANÁRIO CLUBE DE PORTUGAL E A ORNITOLOGIA

Boletim informativo nº 11 – Fevereiro 2013


















Autor: Carlos Almeida Lima / Juiz OMJ
Colaborador : Pedro Boavida



Introdução

Com a publicação do Boletim Informativo Nº 11 do LCCP agradecemos a todos os visitantes do fóruns o incentivo que tem mostrado pela nossa tarefa na divulgação das matérias versadas nos mesmos.
Devido às diversas solicitações dos criadores amantes de outras variedades de canários e outras aves é pois a razão da modificação do nome do boletim do LCCP para um novo titulo ( Lizard Clube de Portugal e a ornitologia ) como forma de corresponder aos desejos manifestados em outras variedades de aves.



Sumário :
 
  • Sabia que…
  • Entrevista com o criador alemão A. Stamm
  • Os onze centímetros do Gloster
  • Ágata Vermelho Mosaico
  • O periquito ondulado
  • Aves comuns em Portugal
  • Lançamento da primeira pedra e almoço e confraternização dia 10 de Março de 2013 do Clube Ornitologia Almadense


Sabia que …

Um mês antes dos acasalamentos, o criador deve administrar uma papa de qualidade, rica em princípios nutritivos facilmente digeríveis, integrados de proteínas vitaminas e minerais
Quando acasalamos um canário Crest ( cabeça lisa x crest de cabeça lisa (crest bred) ou obtemos com a cabeça lisa, no entanto de dois tipos diferentes a saber :
- Excesso de plumagem que o criador deve eliminar ou então proceder a um acasalamento com um Crest de poupa ( Crested ) que tenham poupas de penas curtas.
- quando acasalamos um Crested ( poupa) x Crested ( poupa) toda a sua descendência será ( Crested , no entanto na sua maioria as poupas são defeituosas, com excesso de plumagem com mais ou menos defeitos.

Alguns conselhos a seguir :

- O criador deve evitar o máximo possivel na utilização na criação aves para madrastas, pelas razões a saber :

- Impedem os jovens canários de receberem os anti-corpos e os factores de crescimento (desconhecidos) que se encontram nos alimentos por nós administrados aos progenitores.

- Este método produz sérios desequilíbrios hormonais , nas canárias ( mães naturais ) que as impedimos de alimentar os seus descendentes, durante várias gerações o que ocasiona perderem o instinto natural de alimentar os filhos. Este procedimento negativo, irá manter-se ano apôs ano ocasionando um plantel, debilitado e muitas vezes situações de possibilidades de contraírem doenças e uma diminuição da sua fertilidade.O local onde criamos as nossas aves é sem duvida um factor importante na criação e na muda da pena.
É importante existir no local onde criamos as nossas aves uma óptima renovação do ar onde não existam correntes de ar , pois são prejudiciais à sua saúde. - As temperaturas devem ser controladas por um termostato que tem a finalidade de manter a mesma regulada, não devendo oscilar entre os 12 e 15 graus. - Quanto à humidade deve estar situada entre os 50 graus e 70 º graus para evitar diversas enfermidades.




Entrevista


Nos ouvirmos o Sr. A. Stamm da Alemanha que ganhou o primeiro lugar no Campeonato Mundial de Ornitologia em Janeiro de 2013 Hasselt Bélgica , fizemos algumas perguntas:


1- Há quantos anos crias lizards ? eu comecei a criar lizards há quinze anos .
2- Com quantos casais tu crias ? O número de casais de Lizards depende do número de gaiolas que eu tenho e de o número de casais de Lancashire que eu quero manter (criar). O ano passado eu criei 18 casais de lizards e 5 casais de Lancashire . Este ano eu quero ter 20 casais de lizards e 10 casais de Lancashire. Então 20 casais de Lizards e 10 casais de Lacanshire. Então mantém-se à expansão no meu quarto de criação (canaril).
3- Como alimentas os teus lizards? Os meus lizards só tem mistura de sementes comerciais e uma mistura de papa de ovo ( para criação e muda). Além disso os jovens pássaros tem polygonum auberti.
4- O que é que tu pensas é correto gerir para ter bico e patas pretas ? tu podes não ter bicos pretos e patas sem à prévia a condição genética . A condição genética prévia pode não ser promovida. Para promover a melanina no bico e pernas a ave precisa de sol (não directamente) e os certos elementos para formar a melanina. Polygonum auberti é a planta que parece conter estes elementos.( muito embora não existem estudos científicos que o provam).
5- Como é que tu crias ?
O tipo de gaiolas, aviário exterior, canaril etc.? Os velhos reprodutores mantenho em aviários exteriores até ao Natal.
Antes eu começo a preparara-los para à próxima estação em aviários interiores, as velhas fêmeas ficam em aviários exteriores até ao meio de Janeiro. Eu crio os meus lizards em gaiolas de 80cmx50cmx50cm.
Os jovens lizards são transferidos até Outubro antes de começar o treino em gaiolas do canaril. Os shows que eu visito com os meus pássaros são durante os meses de Outubro/Novembro até Janeiro.
6- Como criador, qual é a característica mais importante do lizard ?
Na minha opinião o lizard é caracterizado pela sua cor escura e a distribuição dos spangles e rowings pelo seu corpo, Para uma marcação tu tens de seleccionar com uma pena estável e melanina escura em todas as áreas da pena. Os bicos e patas deste tipo de aves são sempre mais negras do que outros pássaros.
7- Como é que tu escolhes os casais? O que consideras o mais importante controlar?
Muitas vezes eu vejo lizards que são altos e de cor pálida. Eu prefiro lizards pequenos com uma pena negra estável. Mas, para minimizar o risco de que a prole que se mantenha pequena eu preciso sempre de pássaros com uma forma e tamanho diferente com um revestimento mais suave .
8- Já tens visto o Lizard Europeu? A ultima vez que eu vi os lizards nas exposições que se realizam por toda a Europa cara-a-cara foram à muitos ano atrás.No entanto acompanho a sua evolução através de fotos e respectiva literatura .
O lizard Europeu mostra um bom padrão e um peito largo( boa forma e tamanho) em muitos dos casos com uma optima oxidação nas zonas córneas (bico e patas) tornando-os mais espectaculares.


Os onze centímetros do Gloster


Resolução difícil mas não impossível!
Nos últimos anos o tamanho do Gloster tornou-se para os criadores e juízes um tema de discussão.
Durante anos verificou-se um aumento progressivo no tamanho deste simpático canário, provocando severas críticas do país de origem, a Inglaterra, mas fazendo ouvidos moucos, os criadores continuavam à procura de um corpo bem redondo em detrimento do tamanho exigível e, com a passividade de alguns juízes (cruzando com Norwich e Crest para aumentar não só a referida rotundidade mas também o volume da cabeça | poupa) prejudicando inevitavelmente o tamanho e a agilidade deste maravilhoso canário, ocasionando nesta raça salvo raras excepções uma posição na gaiola quase estática.
Em todas as reuniões e congressos de juízes procura-se pôr em prática os critérios de julgamentos, exigindo aos avaliadores para serem severos na penalização da rubrica "tamanho 20 pontos" (reunião da O.M.J. em 2006 que teve lugar em Pailasean - França onde estive presente).
O responsável da representação inglesa em face da forma e tamanho estar a degenerar-se, estabeleceu que fosse reduzido para 11 cms o comprimento da ave de modo a conduzir o Gloster às suas características tradicionais. Devo aqui salientar que a proposta de alteração de 15 para 20 pontos foi apresentada pela representação portuguesa (Carlos Almeida Lima e Victor Couto) aprovada por unanimidade pelos países presentes.
Em face do atrás citado vários países e um elevado número de criadores enviaram aos respectivos clubes temáticos propostas sugerindo a aplicação desta regra no que diz respeito ao excessivo aumento de tamanho desta raça e sugerindo aos juízes classificadores para o seu cumprimento, sendo mais exigentes nos julgamentos, procurando premiar os exemplares mais pequenos.
É necessário e urgente tornar a dar ao Gloster a sua elegância, vivacidade e agilidade de movimentos, recuperar a sua forma e reconduzi-lo à tipicidade original da raça, eliminando características introduzidas (intrusas) que são património genético de outras raças.
Isto como deverá ser entendido, não é fácil, mas sim uma tarefa árdua, difícil e morosa, que deverá envolver todos os criadores e juízes nesta campanha que é a redução do tamanho do Gloster que exige inevitavelmente a selecção rigorosa dos reprodutores com o corpo e plumagens mais curtas, que nos conduzirá no futuro a trazer óptimas compensações (resultados do Mundial 2010).
Assim, criadores e juízes, deixemo-nos de arranjar falsos argumentos, desculpas, etc, e como todos estamos a percorrer a mesma estrada, temos por obrigação e o dever de dar aos nossos glosters a verdadeira "forma" e "tamanho" que na realidade lhe dizem respeito.
O C.G.P. com perseverança, seriedade e competência provou que a sua acção ao longo dos anos, a todos os títulos espectacular, que os clubes temáticos têm uma grande importância no desenvolvimento técnico na criação e desenvolvimento de uma raça.


Nova Mutação ou Novo Conceito

A época das mutações vive um momento deveras importante no desenvolvimento e aperfeiçoamento de novas variedades, procurando os Ornitólogos, cada vez melhorar o seu genótipo e fenótipo.Esse aperfeiçoamento consiste em introduzir o denominado factor de refracção azul na estrutura das penas dos canários.

A série azul trata-se de uma mutação que anula por completo a phaeomelanina e mantém a eumelanina cinzenta e negra, a que nós denominamos ‘canário com duas melaninas’; este fenómeno consiste em transmitir uma grande luminosidade e transparência na cor, que reflecte matizes de tom azulado ( factor óptico ).

Genéticamente, o ‘factor azul’ é codominante e de carácter acumulativo.


As mutações são previlégio de alguns criadores, que, com a sua insatisfação genética, através de acasalamentos ou linhas consanguíneas, utilizando para o efeito diversas fêmeas que são acasaladas a um único macho, procurando-se com este método criar ou fixar novas variedades ou raças.

As mutações nem sempre apareceram através da côr ancestral verde, mas também nos Àgatas, Castanhos e Isabel.Graças à sua fixação, os canaricultores, através de rigorosos estudos genéticos e utilizando os factores acumulativos, hoje em dia podemos admirar uma grande e diversificada variedade de novas raças.

Cada criador tem as suas preferências sobre cada nova mutação, sem contudo muitos poderem dar uma explicação científica sobre o fenótipo dos seus canários, que apresentam diferenças ( desenho dorsal ) na mesma variedade.

Esta situação, podemos dar como exemplo o que acontece com as diferentes tonalidades da melanina dos canários Topázios em que se apresentam:


-negra antracite
-cinzentas

-beige escuro
-beige claro

O que, em face desta anomalia genética, temos toda a convicção em afirmar que os canários de cor possuem em seu património genético, uma, duas e três melaninas, a saber:


-melanina negra

-eumelanina

-phaeomelanina dispersa

Quando a melanina negra, por motivos de mutação, se separa temos um canário castanho ( eumelanina + phaeomelanina dispersa ); no entanto, caso a phaeomelanina, por mutação, desaparece dos dorsos dos nossos canários, estamos perante o factor de refracção azul ( melanina negra + eunelanina mutada ).


Desde alguns anos, dedico o meu estudo a este factor de refracção azul ou óptico, procurando introduzi-lo em todas as variedades do meu plantel ( linha Cássica, Pastel e Topázio ).

Com o decorrer dos anos e através de muitas experiências e algumas alegrias e desilusões, e mantendo sempre os acasalamentos em consanguinidade, trabalhando unicamente com canários que apresentam na sua estrutura melânica o factor de refracção azul e que possuam apenas duas melaninas.

Este trabalho de persistência faz com que, no meu plantel de canários atrás mencionado, aparecesse uma nova mutação ou conceito de canário, que apresenta uma só melanina.Estes canários que possuem aquela característica mutante ( uma só melanina ) fenótípicamente apresentam uma só melanina, que é totalmente negra, sem qualquer vestígio da eumelanina mutada ( castanho ).

As melaninas destes exemplares têm um maior contraste, apresentando nas interestrias um lipocromo mais luminoso.

Esta mutação ou novo conceito não é uma situação nova, pois tive ocasião de o verificar em alguns criadores Europeus, tornando-se esta anomalia uma obsessão para fixá-la através de cruzamentos em linha consanguínea, razão porque esta mutação apresenta diversas tonalidades de melanina nos canários Àgatas, Topázios e Pastéis, sem que nós, criadores, encontremos qualquer explicação científica.Sem sombra de dúvidas, o futuro do canaricultor, no que engloba os canários de cor, tem de passar pelo melhoramento das mutações existentes, tendo como filosofia, o verdadeiro conhecimento do novo conceito dos canários ( opinião muito pessoal ) que possuem uma, duas ou três melaninas, que aparecem hereditariamente como:

-recessivas

-ligadas ao sexo

-acumulativas

Todos estes conceitos por mim referenciados, têm a finalidade e a importância de transmitir aos canaricultores do meu país, que a sua evolução passa por adquirirem cada vez mais conhecimentos sobre a genética e a sua aplicação na Ornitologia.

Finalizando, todo o canaricultor que continue a desenvolver o seu hobbie, através de processos conservadores, utilizando os processos de acasalamentos tradicionais e não evoluindo geneticamente, é quase impossível conseguir nos seus plantéis canários campeões.


O PERIQUITO ONDULADO











 



COLÉGIO PORTUGUÊS DE JUÍZES DE ORNITOFILIA
COMISSÃO TÉCNICA I - PERIQUITOS ONDULADOS

Por Carlos Fernando Ramôa , Juiz Internacional CPJO/OMJ

STANDARD IDEAL DO PERIQUITO ONDULADO DE EXPOSIÇÃO

Condição: A condição é essencial. Os periquitos que não tenham “condição” serão excluídos do julgamento.


Tipo: Possante e robusto. As formas do corpo devem definir curvas harmoniosas e apresentar proporções ajustadas de todas as partes do corpo, de acordo com a imagem ideal.

Comprimento: 24.5 cm desde a parte mais alta da cabeça até à ponta da cauda.

Asas: Em boa posição, junto ao corpo, apenas levantadas acima das penas do obispilho, sem se cruzarem. Cada asa deve apresentar sete rémiges completamente crescidas e sem falhas. Devem medir 12 cm desde os ombros até à ponta.



Cauda: De desenvolvimento rectilíneo, na continuidade do final do corpo. As penas devem ser bem desenvolvidas e completamente crescidas.

Posição:Temerária e natural. A ave deve posicionar-se no poleiro com um ângulo de 60º em relação à horizontal.

Cabeça : Grande, redonda e ampla , simétrica desde qualquer ponto de observação. A abóbada craniana deve começar na cera, seguindo até à fronte e mais acima sobre a nuca, até à base posterior do cráneo, num arco proporcional e simétrico.

Bico: Pequeno e bem incrustado na cara. A parte superior deve cobrir suficientemente a inferior.,


Olhos: Expressivos e luminosos, posicionados de forma equidistante entre a frente, a coroa a base da cabeça. Devem ser parcialmente cobertos pela sobrancelhas.

Pescoço:Cheio e largo, quando observado de qualquer ângulo.


Cor: Correspondente à descrição de cada variedade. Pura, regular e sem variações.

Máscara e “spots”

Mascara de cor pura, ampla e larga que se estenda do cimo da cabeça até à base do pescoço, terminando no peito num arco regular.
Ornamentada com seis manchas circulares simétricas (spots) , grandes e redondas, implantadas no terço inferior da máscara formando uma cadeia completa com separação simétrica.

As duas manchas periféricas deverão ser parcialmente cobertas pelas suíças. A cor da máscara e spots deverão ser conforme a descrição da variedade correspondente.


Patas e pés: Fortes e rectas com dois dedos para a frente e dois para trás, com unhas curvas que agarrem o poleiro. Cor conforme a descrição da variedade.

Desenho: Conforme a descrição para as diferentes variedades, bem claro e definido ou bem delineado.



DEFEITOS E DIRECTRIZES PARA A QUALIFICAÇÃO



Condição: Entende-se por condição o estado de saúde e de plumagem, a posição que apresenta no poleiro, na gaiola de exposição, depois de certo treino. Se estas deixam muito a desejar, então esses periquitos não deverão fazer parte do julgamento. Os principais defeitos podem ser o contínuo embolado da plumagem, demasiado gordo ou demasiado magro, (notando-se o externo), a plumagem do anús muito pegajosa, feridas com sangue, falta excessiva de plumagem: por exemplo, se faltam ambas as penas compridas da cauda, se faltam mais do que dois spots (excepto naquelas colorações que não necessitam ter estas manchas), penas a sangrar, partes sem penas e os mínimos sinais de tinha.

Também é válido para periquitos que por acessos de raiva contínuos se atiram contra a gaiola e não se colocam sobre o poleiro senão por uns segundos. Em caso de objecções insignificantes na Condição, descontam-se pelo menos dois pontos por cada defeito, segundo sejam relativos, ao tipo, à postura, à cor, ao desenho, etc. Os pássaros jovens, que não tenham toda a sua coloração, não serão aceites a julgamento.

Tipo : Forte e compacto, as formas do corpo em curvas harmoniosas. Ombros e corpo largos. As costas rectas, o corpo caindo desde a parte mais alta até à ponta da cauda, peito arqueado para a frente numa curva elegante.

Todo o pássaro deve ser compacto sem ser gordo. Entende-se, em geral como bom tipo a distribuição harmónica e proporcionada das partes do corpo. Tudo o que não esteja incluído nesta tipificação, vai-se classificando e retirando pontos, desde o mínimo de 3 por defeitos menores até 10 por defeitos mais graves.


Tamanho: Em caso de um tamanho muito pequeno ou muito grande, baixam-se 2 pontos; por asas caídas, muito altas ou que se cruzem, descontam-se no mínimo 3 pontos.


Cauda: Não só se deve penalizar as penas roídas, curvas ou abertas, mas também o comprimento destas. As mais compridas quase sempre são identificadas porque pairam abaixo do eixo do corpo. Descontam-se de 2 a 5 pontos segundo a importância do defeito. Quando falta uma das penas compridas descontam-se 5 pontos.


Cabeça: É uma das características mais importantes dos periquitos de exposição. O mais difícil é criá-los na forma e tamanho desejados. Retiram-se 10 pontos aos que tenham forma original (vulgo periquitos normais), com cabeças pequenas e bicos salientes, e 8 pontos aos mais pequenos, com cabeças mais proporcionadas. São defeitos importantes as cabeças muito estreitas ou planas, a falta de curva na frente, assim como a parte posterior da cabeça muito torneada (linha angulada da nuca, ver lista de penalizações). Cada um destes defeitos retira pontos. As fêmea têm uma frente mais plana, mas mais larga quando vista de perfil.


Posição: A posição ideal é apresentada no standard. Uma má posição é frequentemente resultado do medo. Defeitos permanentes são por exemplo costas torcidas ou côncavas, pernas abertas ou desviadas da posição standard, etc.. Defeitos de posição são, por exemplo, falta de musculatura peitoral, um corpo gordo e pesado, que tende a cair do poleiro. Os pontos que se perdem por tais defeitos são no mínimo 5 pontos. O peito inchado não se deve confundir com gordura. O ângulo com o poleiro será mais pequeno para pássaros mais pesados, no entanto, se esses pássaros em toda a exposição estão em fase de cío, este ângulo será maior. Nesse caso, o juiz deve confiar na sua intuição e conhecimentos como criador.


Bico: Um bico proeminente é um defeito frequente. Outras falhas: gretas ou feridas no bico, feridas e degenerações da pele cerosa do nariz e a côr (compare com a descrição standard), retiram de 2 a 5 pontos. Uma falha que leva à desclassificação é o bico superior descansar dentro do inferior e não sobre o inferior.

Olhos: Motivo de eliminação são periquitos com defeitos nos olhos e feridas, inclusivé tinha nas pálpebras e bordos, assim como uma cor inadequada no desenho, segundo a descrição do standard.

Pescoço:Perdem-se pelo menos 5 pontos por um pescoço muito delgado.


Cor: Devem corresponder aos tons do standard. As variedades que, com mais frequência, apresentam defeitos são o verde azeitona, o malva, os inos e os de asas claras e violeta. Os que menos apresentam são o verde cinzento, cinzento e os diluiídos de olhos negros.
Nos tons verde escuro, e cobalto permite-se uma certa variação nas sombras devidas ao cruzamento do factor violeta de um pássaro com outro, no entanto, esta não se permite no mesmo pássaro. Um julgamento correcto das cores exige o conhecimento da influência dos diferentes efeitos de luz sobre os mesmos.
No caso de uma participação elevada e com escassez de espaço, o juiz deve ser capaz de julgar as cores inclusive com luz artificial. Nesse caso, a luz amarela intensifica os tons verdes e torna opacos os tons azuis e a luz de néon provoca um efeito contrário.

A mais aceitável é a luz branca natural, apesar de se perder o amarelo das caras: a luz do dia ao entardecer intensifica o azul e torna-o violeta, e violeta a lilás.

Defeitos importantes são em todas as cores escuras a presença no mesmo pássaro de manchas claras ou de cambiantes de tonalidade. Muitos lutinos mostram um reflexo esverdeado, e os albinos um reflexo azulado.


São faltas frequentes, nas aves de asas claras, a falta de contraste e nos arlequins e nos opalinos a cor muito pálida e impura. Os expositores e juízes devem dominar a escala de pontos de modo a penalizar adequadamente a cor, que tem uma valorização que depende da variedade :de 10 a 35 pontos. Assim, pode descontar-se a um pássaro normal uma pontuação de 10 por palidez, diminuir-se no máximo 4 a 5 pontos a um lutino ,ou um máximo de cinco pontos nos normais.



Aves comuns em Portugal





Pardal – comum (Passer domesticus)
Abundante.principalmente em povoações e campos agrícolas.Os machos distinguem-se pelo “babete” negro.Sedentário ocorre no continente e nos Açores.





Pardal – montês ( Passer montanus)
Sedentário,distribui-se por quase todos os país.mas é mais abundantedo que o pardal comum,habitando preferencialmente zonas agrícolas.
Granívoro




Bico-de-Lacre ( Estrilda astrild)
Comum no continente,mas ausente das terras altas do interior . Geralmente encontra-se em pequenos bandos compactos. É uma espécie exótica que foi introduzida em Portugal.






Pintarroxo (Carduelis Cannabina)
Comum em âreas abertas ou com matos baixos. O macho apresenta na primavera tonalidades na plumagem. Sedentário. Alimenta-se de sementes.




Escrevedeira-de-garganta-preta ( Emberiza cirlus)
À excepção do interior sul,encontra-se por todo o país. É uma ave típica das orlas dos bosques e dos campos agrícolas . Bastante discreta, surge isolada ou em pequenos bandos.









 

 Cia (Emberiza Cia )

É particularmete abundante nas terras altas do norte.Gosta de terrenos pedregosos com matos bem desenvolvidos




Chamariz ( Serinus serinus)

Sedentário. Uma das aves mais comuns de Portugal continental .Os machos de Portugal continental. Os machos adultos são amarelo vivo ,as fêmeas mais acastanhadas . Cantam enquanto fazem um voo reminiscente do de uma borboleta.




Pintassilgo (Carduelis carduelis)
Encontra-se um pouco por toda a pare. Foi introduzido nos Açores e ocorre na Madeira. Alimenta-se das sementes dos cardos.Empoleirando-se nas flores secas . Os jovens não têm a cabeça vermelha.Principalmente sedentário.





Tentilhão( Fringília coelebs)

Durante a época de nidificação é uma ave florestal.ocorrendo em todo o tipo de bosques.mas evitando áreas muito humanizadas, De Inverno pode juntar-se em grandes bandos em terrenos abertos. As aves das ilhas têm uma coloração distinta das do continente.



Verdilhão ( Carduelis Chloris)

Espécies sedentária muito abundante no território continental.ocorrendo também nas ilhas. O macho é mais amarelado e a fêmea mais pálida.Alimenta-se sobretudo de sementes.




Priôlo ( Pyrrhula murina)

Ave endémica da ilha de São Miguel onde actualmente é muito rara. Encontra-se em risco de extinção, o que resulta da destruição do seu habitat. Vive em florestas de laurissilva





Canário (Serinus canaria)
Ave dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
É frequente em campos agrícolas e na orla de manchas florestais. Sedentário.




Pavilhão de exposições

Noticia : Recebemos do Clube Ornitologia Almadense o convite para o almoço de confraternização e o lançamento da primeira pedra do Pavilhão do clube realizar-se no dia 10 de Março de 2013 às 10:30 , onde irão estar presentes diversas individualidades do Conselho ( Presidente da Câmara Municipal de Almada – Vereador do pelouro da Cultura – Presidentes das Juntas de Freguesia de Almada, Feijó , Trafaria, Bombeiros Voluntários da Trafaria ,Federação Ornitológica Nacional Portuguesa.



O LCCP ao serviço da Ornitologia.